Vereadores aprovam a suspensão do contrato de trabalho dos cobradores do transporte coletivo por 60 dias

por everton — publicado 20/05/2020 15h11, última modificação 20/05/2020 15h11
Em votação equilibrada, o projeto do Executivo foi aprovado por 7 votos a 5.
Vereadores aprovam a suspensão do contrato de trabalho dos cobradores do transporte coletivo por 60 dias

Mesa diretora

Na sessão desta terça-feira(19), os vereadores de Francisco Beltrão aprovaram por 7 votos a 5, a suspensão do contrato de trabalho dos cobradores do transporte coletivo do município por 60 dias. O projeto de lei foi enviado ao legislativo pelo Executivo, a pedido da empresa Guancino Transportes Coletivos, a fim de dar um fôlego financeiro neste período de pandemia e respaldado pela Medida Provisória do Governo Federal que permite esta situação. O argumento usado pelo administrador da empresa é de que diminuiu o número de usuários e existe a dificuldade de conseguir recursos para manter folha de pagamento e despesas gerais de funcionamento da empresa, com todas as linhas e itinerários. Em contrapartida, o sindicato dos trabalhadores do transporte rodoviário está preocupado com a manutenção dos empregos, dos cobradores, e da sobrecarga de serviço para os motoristas que terão de acumular a função.

Vereadores que se manifestaram durante a discussão do projeto:

Paulo Grohs: “Foram ouvidos 46 funcionários e 38 votaram favoráveis ao projeto para a manutenção dos empregos dos 22 cobradores e motoristas”.

Daniela Celuppi: “O que me preocupa é a bilhetagem eletrônica e como isso vai funcionar. Justificando meu voto contrário, pois não houve uma proposta de consenso entre empresa, sindicato e executivo”.

Camilo Rafagnin: “Minha preocupação será com a qualidade e sobrecarga do serviço para o motorista que terá de exercer as duas funções. Me preocupa a segurança das pessoas, principalmente aquelas que precisam de ajuda para entrar no ônibus. Outra dúvida é sobre a demissão dos cobradores depois que expirar o prazo, pois as projeções financeiras das empresas são preocupantes”.

Ademir Walendolff: “A bilhetagem eletrônica vai ser implantada futuramente, isso é inegável, mas acho que não é a hora de afastar esses trabalhadores, por mais dificuldades que a empresa esteja passando. Por isso, estou votando contrário ao projeto”.

Lurdes Pazzini: “Acredito que é bom para a empresa esse afastamento para um fôlego financeiro e será bom para os cobradores que não serão demitidos, e terão seus empregos de volta depois de 60 dias”.

Silmar Gallina: “O Governo Federal está oportunizando essa medida e dessa forma estaremos dando a nossa contribuição para o fôlego da empresa. Sendo que essa não é a única empresa beltronense que está passando por dificuldade, são vários empresários a beira do colapso. Não custa nada para nós darmos essa oportunidade para empresa, em 60 dias, fazer uma projeção diferente, para que ao retornar, possamos ter uma outra alternativa de resolver o problema do transporte coletivo urbano”.

Elenir Maciel: “Não sou contra a gratuidade, mas acaba onerando a empresa. E isso faz com que a empresa não tenha o dinheiro para dar o giro. Precisamos buscar uma solução alternativa, mas agora, dar os 60 dias para dar o fôlego para a empresa.  Temos que resguardar o direito do trabalhador, mas pensar no setor produtivo, pelo lado empresarial e buscar opções, talvez subsídio para a empresa ou outras medidas para melhorar o rendimento e cobrar um serviço melhor para a população”.

O projeto segue para a sanção do prefeito Cleber Fontana(PSDB).

Votos

Votaram favoráveis: Elenir Maciel(PP), Léo Garcia(PSC), Silmar Gallina(PSDB), Paulo Grohs(PSDB), Lurdes Pazzini(PSDB), Rodrigo INhoatto(PP) e Evandro Wessler(Cidadania).

Votaram contrários: Dile Tonello(PV), Daniela Celuppi(PT), Ademir Walendolff(PSB), Camilo Rafagnin(PT) e Aires TOmazoni(MDB).

Presidente José Carlos KNiphoff(PDT) só votaria em caso de empate.

Luis Carlos Mossellim
Luis Carlos Mossellim disse:
21/05/2020 20h17
A falta de competência dos vereadores ou é 8 ou 80. Deveriam de ter vergonha na cara e não pedir mais votos para trabalhadores.
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