História

por Interlegis — publicado 22/07/2020 10h45, última modificação 24/06/2024 10h08

População

Francisco Beltrão é o maior município em população e o segundo maior em área do sudoeste do Paraná.

Foi desmembrado de Clevelândia em 1951, extendendo-se na época desde o Rio Iguaçu ao norte até a divisa com Santa Catarina. Conta atualmente com uma população de mais de 90 mil habitantes, da qual aproximadamente 85% vivem na cidade e o restante no meio rural.

A área urbana do município é praticamente conurbada com a cidade de Marmeleiro e também fica muito próxima a de Renascença. Beltrão é hoje é um importante centro de comércio e serviços no centro da região.

Economia

Sua economia baseia-se também na extensa atividade agrícola e na atividade industrial diversificada concentrada no abate de aves, na agroindústria e no setor têxtil. Seu atual prefeito é Cléber Fontana (PSDB) que governa a cidade desde 2017.

A princípio a região onde hoje se encontra a cidade era mata virgem, cerrada e formada principalmente por Pinheiros-do-Paraná (Araucária Angustifólia). Os primeiros registros de habitantes datam de 1922, todavia somente nos anos 40 intensificou-se o processo de povoamento efetivo.

Os primeiros habitantes foram gaúchos e catarinenses, principalmente descendentes de imigrantes alemães e italianos, fato que reflete até hoje na cultura da cidade.

Em 1943, proveniente de Pato Branco, foi instalada na margem norte do Rio Marrecas a CANGO (Colônia Agríola General Osório), com a função de organizar a distribuição de terras entre os colonos recém-chegados.

A Cidade

A CANGO situava-se onde hoje se encontra o exército, no lado oposto do rio a onde se situa hoje a parte central da cidade. Na época a ligação entre as duas partes era feita por uma ponte de madeira coberta por tabuinhas, onde hoje existe uma ponte de concreto que liga as avenidas Júlio Assis Cavalheiro (em homenagem ao pioneiro que loteou a parte central da cidade), e a Avenida Cristo Rei.

 A CANGO era a principal instituição de Francisco Beltrão.   Quase toda a renda do povoado, chamado à época de Vila Marrecas, provinha dela. Sua ação fomentadora foi tanta que logo a vila atingiu um desenvolvimento razoável a ponto de tornar-se cidade.

Em 1948 foi instalado na cidade, junto a sede da CANGO, o exército. Devido à proximidade da cidade com a fronteira argentina, a necessidade de garantir o território motivou a instalação dessa instituição. Algo similar ao que ocorre hoje com as bases brasileiras próximas as fronteiras da Amazônia.

Logo uma estrada foi aberta ligando a vila à outra localidade, a Vila Ampére, essa estrada era denominada Estrada do Picadão.

O rápido progresso demandou a instalação de um município, fato consolidado em 14 de novembro de 1951, quando se desmembrou de Clevelândia a área que hoje pertence a Beltrão.

O nome da cidade foi escolhido em homenagem ao engenheiro Francisco Beltrão, uma das primeiras pessoas a passar pela cidade. A instalação oficial deu-se em 14 de dezembro de 1952, sendo esta data atualmente feriado comemorativo da criação da cidade.

A distribuição das terras criou logo um conflito entre os colonos que moravam nas terras, mas não possuíam escritura e Companhias de Terras que alegavam ser as proprietárias legais. Esse conflito eclodiu no dia 10 de outubro de 1957 e ficou conhecido como A revolta dos posseiros.

Neste dia centenas de colonos tomaram a sede da CITLA, e expulsaram a companhia da cidade. Foi um marco na história do município este movimento.

Para saber mais sobre a cidade de Francisco Beltrão, clique aqui.